domingo, 19 de outubro de 2008

Mais dos bons tempos.

Oh! Como eu adorava eles três.




Oh! Como eu ria com esses dois!

sábado, 18 de outubro de 2008

Looney Tunes.

Os clássicos desenhos da manhã.



E aqui está o link para um vídeo com imagens legais dos personagens, mas com um fundo musical péssimo. Veja com a caixa de som desligada. É a minha dica.

Isso é tudo, pessoal.

domingo, 12 de outubro de 2008

Clássicos da Tv Cultura.

Em homenagem ao Dia das Crianças, postaremos vídeos durante este mês de outubro. Pra começar, clássicos da Tv Cultura que marcaram a nossa infância. Divirtam-se!



Sem esquecer do Tots Tv, é claro. A abertura do programa sempre era cantada pelas autoras deste blog no colégio. Muito bom.

12 de Outubro.


Feliz Dia das Crianças!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Why so serious by Woody.



Totalmente fantástico Woody como Joker. E mais ainda Rex dando uma de sábio conselheiro.

sábado, 4 de outubro de 2008

The Age Of The Understatement


The Age Of The Understatement é o primeiro álbum da banda The Last Shadow Puppets, uma parceria entre Alex Turner (Arctic Monkeys) e Miles Kane (The Rascals). A amizade entre os dois surgiu em 2005 e, em abril deste ano, foi lançado o disco. A dupla surpreende e mostra completo entrosamento em todas as músicas. Um som agradável, com efeitos sonoros bem legais e harmonia entre o clássico e o moderno.


Faixas:
01. The Age Of The Understatement
02. Standing Next To Me
03. Calm Like You
04. Separate And Ever Deadly
05. The Chamber
06. Only The Truth
07. My Mistakes Were Made For You
08. Black Plant
09. I Don't Like You Anymore
10. In My Room
11. Meeting Place
12. The Time Has Come Again


Abaixo, o vídeo da música Standing Next To Me - uma das mais supimpas do álbum, na minha humilde opinião.

sábado, 27 de setembro de 2008

Paixões que Alucinam


Muito mais do que uma contundente crítica às controversas práticas manicomiais, Paixões que Alucinam, de Samuel Fuller, é um libelo contra a doentia sociedade norte-americana dos anos sessenta. A trama principal, aos olhos mais atentos, revela-se como um pano de fundo para que o diretor, adepto de um estilo cinematográfico infenso ao engessado sistema de produção industrial hollywoodiano, ataque, de forma ácida e audaciosa, as principais mazelas americanas da época: o racismo, a guerra fria e sua tresloucada corrida armamentista e os avanços científicos sem limites éticos.


Para tecer tais críticas, Fuller constrói um enredo convincente. O filme tem como personagem principal John Barret, um ambicioso jornalista que, para ganhar o prêmio Pulitzer – a honraria máxima do meio jornalístico –, se passa por um perturbado mental a fim de se internar em um hospital psiquiátrico e desvendar o assassinato de um homem chamado Sloan, morto no manicômio. Barret se dispõe, então, a passar por sessões de treinamento psicológico para interpretar seu personagem: um sujeito que nutre incontroláveis desejos incestuosos por sua irmã. Quem desempenha o papel da sua irmã é a sua própria esposa, uma dançarina de clubes noturnos, que desde o início se opõe ao plano do marido, temendo que ele enlouqueça durante a investigação.


É partindo de um tema tabu – o incesto – que Fuller já prenuncia outros assuntos espinhosos, como se o sanatório ali representado fosse um microcosmo da sociedade americana. Barret tem uma lista de três testemunhas que poderiam ajudar a elucidar o crime. Stuart, em meio aos seus delírios, representa a paranóia de perseguição aos comunistas que tomou conta dos Estados Unidos durante a Guerra Fria e, mais especificamente, após o início do macarthismo; Trent, um negro vítima do preconceito racial que sofre um colapso psíquico e se transforma em um racista, é a personificação da intolerância racial em tempos de Ku Klux Klan; e Boden, um físico nuclear que participou dos projetos de criação da Bomba Atômica e enlouqueceu em função dos questionamentos e conflitos éticos suscitados por sua profissão, é, por sua vez, a encarnação da crítica ao pragmatismo e à desumanização do campo científico. Em um lampejo de lucidez, Boden professa um discurso belíssimo, em que é impossível não reconhecer semelhanças com o discurso final de O Grande Ditador:


“Nos sofisticamos na arte da matança, temos intelectuais demais, cansei da pílula diária de veneno da humanidade. Sou ciência pura; estamos à beira da destruição, como tigres. Dão quinze dias para a raça humana; não consigo viver com prazos finais; então desisti de viver”.


Ainda que seja um filme realista – uma vez que trata de temas de elevado teor humanista e social –, Paixões que Alucinam dialoga com outras escolas cinematográficas, destacadamente com o Surrealismo. A introdução de elementos de ordem psíquica – sonhos, alucinações, transes –, que revelam a ilogicidade e o caráter absurdo do inconsciente dos personagens, são claras influências do pensamento freudiano, a base do Surrealismo.


Paixões que Alucinam, em resumo, é um filme que se vale de uma engenhosa trama para tratar de temas delicados. A ótima fotografia, os diálogos inteligentes e o flerte com o Surrealismo engrandecem ainda mais uma obra contestatória e desafiadora.


Guilherme Vasconcelos.